Meu outro eu angustiado desloca o curso dos astros, atravessa os espaços de fogo e toca a orla do manto divino.
O Ser dos seres envia seu Filho para mim, para os outros que O pedem e para os que O esquecem.
Uma criança dançando segura uma esfera azul com a cruz: Vêm adorá-la brancos, pretos, portugueses, turcos, alemães, russos, chineses, banhistas, beatas, cachorros e bandas de música. A presença da criança transmite aos homens uma paz inefável que eles comunicam nos seus lares a todos os amigos e parentes.
Anjos morenos sobrevoam o mar, os morros e arranha-céus, desenrolando, em combinação com a rosa-dos-ventos, grandes letreiros onde se lê: GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE.
Murilo Mendes
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Kit Left Revolution
O vídeo abaixo foi feito pelos estudantes de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
João Pereira Coutinho
Escrevi em um dos primeiros posts deste blog que considerava João Pereira Coutinho o melhor colunista da Folha de São Paulo,porèm devo me rectificar: Coutinho è o melhor colunista da imprensa brasileira. Em uma de suas ùltimas colunas na Folha de São Paulo, Coutinho fez um dos melhores textos sobre José Saramago, sintetizou de forma precisa o monstro e o mèdico do único Nobel da língua portuguesa.
Coutinho escreve toda terça-feira na Folha de São Paulo. Sinceramente tem sido a única coisa realmente interessante de se ler na Ilustrada.O caderno de cultura da Folha de São Paulo virou um centro de moderninhos,parece que o editor deixou de ser o Marco António Gonçalves e virou o Tiago Ney.A Ilustrada faz cinquenta anos este ano, tomara que ela recupere a forma e deixe de se pautar por Skol Beats da vida.
Quem quiser conhecer um pouco mais de João Pereira Coutinho è só entrar no site da revista Dicta e Contradicta, là tem uma entrevista com esse grande intelectual português.
Abaixo a primeira parte da entrevista e o último paràgrafo da mais recente coluna de Coutinho.
"Disse e repito: aprender a morrer é uma forma de aprender a viver. Não apenas porque a consciência do fim revaloriza a nossa passagem pela Terra. Mas porque a morte permite dar a cada etapa da vida o respeito que essa etapa merece. Nem mais, nem menos. Só pela aceitação da morte seremos capazes de celebrar a juventude sem histeria e habitar a velhice sem drama. Ou seja, sem a tentação de prolongar patologicamente ambas."
PS-Já que eu mencionei a Dicta e Contradicta, vale a pena lembrar que acabou de sair o segundo exemplar da revista.Provavelmente não està a venda na Leitura, mas è fácil comprar pelo site da Livraria Cultura.
Coutinho escreve toda terça-feira na Folha de São Paulo. Sinceramente tem sido a única coisa realmente interessante de se ler na Ilustrada.O caderno de cultura da Folha de São Paulo virou um centro de moderninhos,parece que o editor deixou de ser o Marco António Gonçalves e virou o Tiago Ney.A Ilustrada faz cinquenta anos este ano, tomara que ela recupere a forma e deixe de se pautar por Skol Beats da vida.
Quem quiser conhecer um pouco mais de João Pereira Coutinho è só entrar no site da revista Dicta e Contradicta, là tem uma entrevista com esse grande intelectual português.
Abaixo a primeira parte da entrevista e o último paràgrafo da mais recente coluna de Coutinho.
"Disse e repito: aprender a morrer é uma forma de aprender a viver. Não apenas porque a consciência do fim revaloriza a nossa passagem pela Terra. Mas porque a morte permite dar a cada etapa da vida o respeito que essa etapa merece. Nem mais, nem menos. Só pela aceitação da morte seremos capazes de celebrar a juventude sem histeria e habitar a velhice sem drama. Ou seja, sem a tentação de prolongar patologicamente ambas."
PS-Já que eu mencionei a Dicta e Contradicta, vale a pena lembrar que acabou de sair o segundo exemplar da revista.Provavelmente não està a venda na Leitura, mas è fácil comprar pelo site da Livraria Cultura.
Cahiers du Cinèma
A prestigiada revista francesa Cahiers du Cinéma, uma das mais importantes publicações de cinema do mundo, lança neste mês de Dezembro um livro (intitulado "100 Films pour une Cinémathèque Idéale") com os 100 filmes necessários para se ter uma cinemateca ideal. Na lista há predominância de filmes clássicos e pouca presença de filmes mais novos. Também há uma clara puxação de saco com os filmes franceses , apesar do grande número de filmes americanos (claro, o melhor cinema do mundo não poderia ficar de fora)presentes na lista. A obra de Jean-Luc Godard, um dos principais teóricos da revista, ganha especial destaque (até demais, eu diria) no livro. Chaplin também é homenageado com a presença de alguns de seus principais filmes. Para elaborar a lista a Cahiers consultou 76 cineastas, historiadores e críticos de cinema franceses. Na lista aparecem clássicos como "O Mensageiro do Diabo" (1955) de Charles Laughton, "A Regra do Jogo" (1939) de Jean Renoir e "Cantando na Chuva" (1952) de Stanley Donen & Gene Kelly. Contudo clássicos como "Casablanca" (1942) de Michael Curtiz e "...E o Vento Levou"(1939) de Victor Fleming, que sempre aparecem neste tipo de publicação, desta vez ficaram de fora. Além disso, há contra-sensos como a presença de "Fale com Ela" (2002) de Pedro Almodóvar, que nem é considerado o melhor filme do cineasta espanhol , a ausência de "O Nascimento de uma Nação" (1915) de D.W. Griffith, considerado um dos filmes fundadores da estética cinematográfica - em seu lugar aparece "Intolerância" de 1916, filme que Griffith fez para "se desculpar" pelas críticas recebidas por "O Nascimento de uma Nação" (já que o filme falava sobre a Klu Klux Klan, grupo racista americano - parece que os críticos franceses não quiseram se comprometer e apelaram para a hipocrisia) e a presença de apenas um filme do cultuado diretor sueco Ingmar Bergman (Fanny e Alexander de 1982).
Segue abaixo a lista completa dos filmes escolhidos. Leiam e tirem suas próprias conclusões.
1. Cidadão Kane (1941) - Orson Welles
2. O Mensageiro do Diabo (1955) - Charles Laughton
3. A Regra do Jogo (1939) - Jean Renoir
4. Aurora (1927) - Friedrich Wilhelm Murnau
5. O Atalante (1934) - Jean Vigo
6. M, o Vampiro de Dusseldorf (1931) - Fritz Lang
7. Cantando na Chuva (1952) - Stanley Donen & Gene Kelly
8. Um Corpo que Cai (1958) - Alfred Hitchcock
9. O Boulevard do Crime (1945) - Marcel Carné
10. Rastro de Ódio (1956) - John Ford
11. Ouro e Maldição (1924) - Erich von Stroheim
12. Rio Bravo - Onde Começa o Inferno (1959) - Howard Hawks
13. Ser ou Não Ser (1942) - Ernst Lubitsch
14. Era uma Vez em Tóquio (1953) - Yasujiro Ozu
15. Desprezo (1963) - Jean-Luc Godard
16. Contos da Lua Vaga (1953) - Kenji Mizoguchi
17. Luzes da Cidade (1931) - Charlie Chaplin
18. A General (1927) - Buster Keaton
19. Nosferatu (1922) - Friedrich Wilhelm Murnau
20. A Sala de Música (1958) - Satyajit Ray
21. Monstros (1932) - Tod Browning
22. Johnny Guitar (1954) - Nicholas Ray
23. A Mãe e a Puta (1973) - Jean Eustache
24. O Grande Ditador (1940) - Charlie Chaplin
25. O Leopardo (1963) - Luchino Visconti
26. Hiroshima, Meu Amor (1959) - Alain Resnais
27. A Caixa de Pandora (1929) - Georg Wilhelm Pabst
28. Intriga Internacional (1959) - Alfred Hitchcock
29. O Batedor de Carteiras (1959) - Robert Bresson
30. Amores de Apache (1952) - Jacques Becker
31. A Condessa Descalça (1954) - Joseph Mankiewicz
32. O Tesouro do Barba Rubra (1955) - Fritz Lang
33. Desejos Proibidos (1953) - Max Ophüls
34. O Prazer (1952) - Max Ophüls
35. O Franco Atirador (1978) - Michael Cimino
36. A Aventura (1960) - Michelangelo Antonioni
37. O Encouraçado Potemkin (1925) - Sergei M. Eisenstein
38. Interlúdio (1946) - Alfred Hitchcock
39. Ivan, o Terrível (1944) - Sergei M. Eisenstein
40. O Poderoso Chefão (1972) - Francis Ford Coppola
41. A Marca da Maldade (1958) - Orson Welles
42. Vento e Areia (1928) - Victor Sjöström
43. 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968) - Stanley Kubrick
44. Fanny e Alexander (1982) - Ingmar Bergman
45. A Turba (1928) - King Vidor
46. 8 1/2 (1963) - Federico Fellini
47. Sel Sol (1962) - Chris Marker
48. O Demônio das Onze Horas (1965) - Jean-Luc Godard
49. O Romance de um Trapaceiro (1936) - Sacha Guitry
50. Amarcord (1973) - Federico Fellini
51. A Bela e a Fera (1946) - Jean Cocteau
52. Quanto mais Quente Melhor (1959) - Billy Wilder
53. Deus Sabe quanto Amei (1958) - Vincente Minnelli
54. Gertrud (1964) - Carl Theodor Dreyer
55. King Kong (1933) - Ernst Shoedsack & Merian J. Cooper
56. Laura (1944) - Otto Preminger
57. Os Sete Samurais (1954) - Akira Kurosawa
58. Os Incompreendidos (1959) - François Truffaut
59. A Doce Vida (1960) - Federico Fellini
60. Os Vivos e os Mortos (1987) - John Huston
61. Ladrão de Alcova (1932) - Ernst Lubitsch
62. A Felicidade não se Compra (1946) - Frank Capra
63. Monsieur Verdoux (1947) - Charlie Chaplin
64. O Martírio de Joana d’Arc (1928) - Carl Theodor Dreyer
65. Acossado (1960) - Jean-Luc Godard
66. Apocalypse Now (1979) - Francis Ford Coppola
67. Barry Lyndon (1975) - Stanley Kubrick
68. A Grande Ilusão (1937) - Jean Renoir
69. Intolerância (1916) - David Wark Griffith
70. Partie de Campagne (1936) - Jean Renoir
71. Playtime (1967) - Jacques Tati
72. Roma, Cidade Aberta (1945) - Roberto Rossellini
73. Sedução da Carne (1954) - Luchino Visconti
74. Tempos Modernos (1936) - Charlie Chaplin
75. Van Gogh (1991) - Maurice Pialat
76. Tarde Demais para Esquecer (1957) - Leo McCarey
77. Andrei Rublev - O Artista Maldito (1966) - Andrei Tarkovsky
78. A Imperatriz Galante (1934) - Joseph von Sternberg
79. Intendente Sansho (1954) - Kenji Mizoguchi
80. Fale com Ela (2002) - Pedro Almodóvar
81. Um Convidado bem Trapalhão (1968) - Blake Edwards
82. Tabu (1931) - Friedrich Wilhelm Murnau
83. A Roda da Fortuna (1953) - Vincente Minnelli
84. Nasce uma Estrela (1954) - George Cukor
85. As Férias do Sr. Hulot (1953) - Jacques Tati
86. A Terra do Sonho Distante (1963) - Elia Kazan
87. O Alucinado (1953) - Luis Buñuel
88. A Morte num Beijo (1955) - Robert Aldrich
89. Era uma Vez na América (1984) - Sergio Leone
90. Trágico Amanhecer (1939) - Marcel Carné
91. Carta de uma Desconhecida (1948) - Max Ophüls
92. Lola, a Flor Proibida (1961) - Jacques Demy
93. Manhattan (1979) - Woody Allen
94. Cidade dos Sonhos (2001) - David Lynch
95. Minha Noite com Ela (1969) - Eric Rohmer
96. Noite e Neblina (1955) - Alain Resnais
97. Em Busca do Ouro (1925) - Charlie Chaplin
98. Scarface - A Vergonha de uma Nação (1932) - Howard Hawks
99. Ladrões de Bicicletas (1948) - Vittorio de Sica
100. Napoleão (1927) - Abel Gance
Segue abaixo a lista completa dos filmes escolhidos. Leiam e tirem suas próprias conclusões.
1. Cidadão Kane (1941) - Orson Welles
2. O Mensageiro do Diabo (1955) - Charles Laughton
3. A Regra do Jogo (1939) - Jean Renoir
4. Aurora (1927) - Friedrich Wilhelm Murnau
5. O Atalante (1934) - Jean Vigo
6. M, o Vampiro de Dusseldorf (1931) - Fritz Lang
7. Cantando na Chuva (1952) - Stanley Donen & Gene Kelly
8. Um Corpo que Cai (1958) - Alfred Hitchcock
9. O Boulevard do Crime (1945) - Marcel Carné
10. Rastro de Ódio (1956) - John Ford
11. Ouro e Maldição (1924) - Erich von Stroheim
12. Rio Bravo - Onde Começa o Inferno (1959) - Howard Hawks
13. Ser ou Não Ser (1942) - Ernst Lubitsch
14. Era uma Vez em Tóquio (1953) - Yasujiro Ozu
15. Desprezo (1963) - Jean-Luc Godard
16. Contos da Lua Vaga (1953) - Kenji Mizoguchi
17. Luzes da Cidade (1931) - Charlie Chaplin
18. A General (1927) - Buster Keaton
19. Nosferatu (1922) - Friedrich Wilhelm Murnau
20. A Sala de Música (1958) - Satyajit Ray
21. Monstros (1932) - Tod Browning
22. Johnny Guitar (1954) - Nicholas Ray
23. A Mãe e a Puta (1973) - Jean Eustache
24. O Grande Ditador (1940) - Charlie Chaplin
25. O Leopardo (1963) - Luchino Visconti
26. Hiroshima, Meu Amor (1959) - Alain Resnais
27. A Caixa de Pandora (1929) - Georg Wilhelm Pabst
28. Intriga Internacional (1959) - Alfred Hitchcock
29. O Batedor de Carteiras (1959) - Robert Bresson
30. Amores de Apache (1952) - Jacques Becker
31. A Condessa Descalça (1954) - Joseph Mankiewicz
32. O Tesouro do Barba Rubra (1955) - Fritz Lang
33. Desejos Proibidos (1953) - Max Ophüls
34. O Prazer (1952) - Max Ophüls
35. O Franco Atirador (1978) - Michael Cimino
36. A Aventura (1960) - Michelangelo Antonioni
37. O Encouraçado Potemkin (1925) - Sergei M. Eisenstein
38. Interlúdio (1946) - Alfred Hitchcock
39. Ivan, o Terrível (1944) - Sergei M. Eisenstein
40. O Poderoso Chefão (1972) - Francis Ford Coppola
41. A Marca da Maldade (1958) - Orson Welles
42. Vento e Areia (1928) - Victor Sjöström
43. 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968) - Stanley Kubrick
44. Fanny e Alexander (1982) - Ingmar Bergman
45. A Turba (1928) - King Vidor
46. 8 1/2 (1963) - Federico Fellini
47. Sel Sol (1962) - Chris Marker
48. O Demônio das Onze Horas (1965) - Jean-Luc Godard
49. O Romance de um Trapaceiro (1936) - Sacha Guitry
50. Amarcord (1973) - Federico Fellini
51. A Bela e a Fera (1946) - Jean Cocteau
52. Quanto mais Quente Melhor (1959) - Billy Wilder
53. Deus Sabe quanto Amei (1958) - Vincente Minnelli
54. Gertrud (1964) - Carl Theodor Dreyer
55. King Kong (1933) - Ernst Shoedsack & Merian J. Cooper
56. Laura (1944) - Otto Preminger
57. Os Sete Samurais (1954) - Akira Kurosawa
58. Os Incompreendidos (1959) - François Truffaut
59. A Doce Vida (1960) - Federico Fellini
60. Os Vivos e os Mortos (1987) - John Huston
61. Ladrão de Alcova (1932) - Ernst Lubitsch
62. A Felicidade não se Compra (1946) - Frank Capra
63. Monsieur Verdoux (1947) - Charlie Chaplin
64. O Martírio de Joana d’Arc (1928) - Carl Theodor Dreyer
65. Acossado (1960) - Jean-Luc Godard
66. Apocalypse Now (1979) - Francis Ford Coppola
67. Barry Lyndon (1975) - Stanley Kubrick
68. A Grande Ilusão (1937) - Jean Renoir
69. Intolerância (1916) - David Wark Griffith
70. Partie de Campagne (1936) - Jean Renoir
71. Playtime (1967) - Jacques Tati
72. Roma, Cidade Aberta (1945) - Roberto Rossellini
73. Sedução da Carne (1954) - Luchino Visconti
74. Tempos Modernos (1936) - Charlie Chaplin
75. Van Gogh (1991) - Maurice Pialat
76. Tarde Demais para Esquecer (1957) - Leo McCarey
77. Andrei Rublev - O Artista Maldito (1966) - Andrei Tarkovsky
78. A Imperatriz Galante (1934) - Joseph von Sternberg
79. Intendente Sansho (1954) - Kenji Mizoguchi
80. Fale com Ela (2002) - Pedro Almodóvar
81. Um Convidado bem Trapalhão (1968) - Blake Edwards
82. Tabu (1931) - Friedrich Wilhelm Murnau
83. A Roda da Fortuna (1953) - Vincente Minnelli
84. Nasce uma Estrela (1954) - George Cukor
85. As Férias do Sr. Hulot (1953) - Jacques Tati
86. A Terra do Sonho Distante (1963) - Elia Kazan
87. O Alucinado (1953) - Luis Buñuel
88. A Morte num Beijo (1955) - Robert Aldrich
89. Era uma Vez na América (1984) - Sergio Leone
90. Trágico Amanhecer (1939) - Marcel Carné
91. Carta de uma Desconhecida (1948) - Max Ophüls
92. Lola, a Flor Proibida (1961) - Jacques Demy
93. Manhattan (1979) - Woody Allen
94. Cidade dos Sonhos (2001) - David Lynch
95. Minha Noite com Ela (1969) - Eric Rohmer
96. Noite e Neblina (1955) - Alain Resnais
97. Em Busca do Ouro (1925) - Charlie Chaplin
98. Scarface - A Vergonha de uma Nação (1932) - Howard Hawks
99. Ladrões de Bicicletas (1948) - Vittorio de Sica
100. Napoleão (1927) - Abel Gance
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
pitanguy
Não sei o porquê que me pus a escrever sobre minha cidade. Não há nada de especial para destacar sobre Pitangui. Uma cidade que ficou feia com gente igual. Se dissesse que Pitangui parou no tempo seria melhor. Mas não! Ela caminha junto a um ponteiro de relógio que nunca lhe faltou força. Entretanto, isso não soa positivo caro leitor. Muito pelo contrário, é a representação da mais pura leniência da sensibilidade de seu povo.
Tenho por mim que algumas pessoas não vão gostar desse início. Para esses peço paciência. É inegável que muitas das minhas risadas e outros tipos de emoções tem como palco principal a cidade onde nasci. Mas cá entre nós: o lugar é o que importa?Não sei.Pitangui se tornou muito seca para mim. Ficando apenas como um lugar onde vive meus pais. Eu ainda não sei dizer se gosto ou desgosto dela.
Vou falar mais sobre esse tema ou não.
Fábio Saldanha
Tenho por mim que algumas pessoas não vão gostar desse início. Para esses peço paciência. É inegável que muitas das minhas risadas e outros tipos de emoções tem como palco principal a cidade onde nasci. Mas cá entre nós: o lugar é o que importa?Não sei.Pitangui se tornou muito seca para mim. Ficando apenas como um lugar onde vive meus pais. Eu ainda não sei dizer se gosto ou desgosto dela.
Vou falar mais sobre esse tema ou não.
Fábio Saldanha
Beirut
As impressões de um norte americano sobre a música do leste europeu misturadas ao folk. Essa é a principal descrição do estilo interpretado por Zach Condon, natural de Santa Fe, Novo México. Com a Colaboração de Jeremy Barks, do “Neutral Milk Hotel”, e Heather Trost, do “ A Hawk and a Hacksaw”, o cantor se apresenta hoje como Beirut, nome desconhecido por mim até ontem, quando ouvi uma de suas mais bonitas canções.
“Elephant Gun” é recheada de belos arranjos de metais, acordeon e uma levada suave do ukele, uma espécie de cavaquinho havaiano que faz toda diferença na melodia. Sem falar na interpretação do cantor que com uma voz macia e um pouco “chorosa” se associa perfeitamente à instrumentação e faz a gente sentir toda a emoção que a música pretende transmitir.
A canção faz parte do EP Elephant Gun, lançado em junho de 2007. Vale a pena conferir não só essa canção mas todo o trabalho do cantor. Vai aí pra quem se interessar, o vídeo da música “Elephant Gun”, que faz parte da trilha sonora da minissérie “Capitu”, exibida atualmente na Globo.
Let the seasons begin!
Reinterpretação dos olhos de ressaca
Vamos dar uma espairecida no clima político-econômico-discursivo-da-conjuntura-internacional-ou-sei-lá-o-quê do nosso amigo Pedro. Falemos então de entretenimento, talvez para as massas, talvez não. Falemos de Capitu.
A microssérie da Rede Globo é um dos melhores produtos que a emissora já fabricou para ocupar os buracos da programação de fim de ano. Os cinco episódios foram produzidos dentro do Projeto Quadrante, que colocou nas mãos de Luiz Fernando de Carvalho e equipe a responsabilidade pela adaptação de obras essenciais da literatura de cinco regiões brasileiras. A primeira (e cara) façanha do grupo, A Pedra do Reino, limitou os recursos de Capitu. Felizmente, o orçamento enxuto exacerbou as capacidades criativas da equipe, que fez coisas inacreditáveis tendo um galpão apodrecido como estúdio, e externas com figurino de época em pleno centro do Rio de Janeiro.
Afora as discussões sobre a relevância comercial da obra, que rendeu metade dos pontos no IBOPE de "Toma Lá, Dá Cá", e as eternas conjecturas a respeito da adaptação de literatura para o público de TV, acho importante fazer algumas considerações:
• a série não precisa da leitura do livro para ser compreendida, até porque é um produto transformado da obra original. Não é como se adaptassem a história dando uns cortes de tempo, é uma reinterpretação dos sentidos de cada elemento da história do Machado. Mas com certeza, como sempre acontece nesses casos, é mais saboroso para quem leu o livro (e gostou). É como assistir ao Elephant Medley, do Moulin Rouge, conhecendo as músicas que são emendadas.
• o tom "semi-noir" da série, apesar de ser um clichê em produções desse tipo, combina perfeitamente com o clima da narrativa. Lembremos que trata-se de um velho decrépito e amargo, que busca em suas memórias algum conforto, mas que acabou destruído por uma dúvida angustiante. Obscuridade e depressão definitivamente fazem parte dessa história.
• as memórias são a base desta narrativa; é preciso duvidar do que Bentinho diz, pois ele se recorda apenas do que lhe convém para comprovar ao leitor a opinião que firmou a respeito de Capitu. Naturalmente, é bem mais fácil duvidar do que está escrito do que daquilo que vemos. Provavelmente por isso, a série tem um tom teatral exagerado, que realça o caráter de "montagem" da imaginação; uma verdade reinterpretada.
• li em algum lugar que a trilha sonora e os takes externos foram planejados para resgatarem o texto como algo contemporâneo, por tratar de emoções humanas básicas e imutáveis. Por isso vemos Bentinho e seu vizinho no trem grafitado, ao som de rock; a história de Dom Casmurro se repete diariamente, na cidade grande ou nos subúrbios, e continuará acontecendo enquanto seres humanos se relacionarem.
Resta aguardar o desenrolar do programa, e descobrir até onde esse jogo de símbolos e linguagens consegue chegar sem ficar enfadonho. Até agora, a Globo sai ganhando, ainda que perdendo na audiência. Com certeza já tem alguém reservando espaço em uma estante platinada para alguns Emmys...
A microssérie da Rede Globo é um dos melhores produtos que a emissora já fabricou para ocupar os buracos da programação de fim de ano. Os cinco episódios foram produzidos dentro do Projeto Quadrante, que colocou nas mãos de Luiz Fernando de Carvalho e equipe a responsabilidade pela adaptação de obras essenciais da literatura de cinco regiões brasileiras. A primeira (e cara) façanha do grupo, A Pedra do Reino, limitou os recursos de Capitu. Felizmente, o orçamento enxuto exacerbou as capacidades criativas da equipe, que fez coisas inacreditáveis tendo um galpão apodrecido como estúdio, e externas com figurino de época em pleno centro do Rio de Janeiro.
Afora as discussões sobre a relevância comercial da obra, que rendeu metade dos pontos no IBOPE de "Toma Lá, Dá Cá", e as eternas conjecturas a respeito da adaptação de literatura para o público de TV, acho importante fazer algumas considerações:
• a série não precisa da leitura do livro para ser compreendida, até porque é um produto transformado da obra original. Não é como se adaptassem a história dando uns cortes de tempo, é uma reinterpretação dos sentidos de cada elemento da história do Machado. Mas com certeza, como sempre acontece nesses casos, é mais saboroso para quem leu o livro (e gostou). É como assistir ao Elephant Medley, do Moulin Rouge, conhecendo as músicas que são emendadas.
• o tom "semi-noir" da série, apesar de ser um clichê em produções desse tipo, combina perfeitamente com o clima da narrativa. Lembremos que trata-se de um velho decrépito e amargo, que busca em suas memórias algum conforto, mas que acabou destruído por uma dúvida angustiante. Obscuridade e depressão definitivamente fazem parte dessa história.
• as memórias são a base desta narrativa; é preciso duvidar do que Bentinho diz, pois ele se recorda apenas do que lhe convém para comprovar ao leitor a opinião que firmou a respeito de Capitu. Naturalmente, é bem mais fácil duvidar do que está escrito do que daquilo que vemos. Provavelmente por isso, a série tem um tom teatral exagerado, que realça o caráter de "montagem" da imaginação; uma verdade reinterpretada.
• li em algum lugar que a trilha sonora e os takes externos foram planejados para resgatarem o texto como algo contemporâneo, por tratar de emoções humanas básicas e imutáveis. Por isso vemos Bentinho e seu vizinho no trem grafitado, ao som de rock; a história de Dom Casmurro se repete diariamente, na cidade grande ou nos subúrbios, e continuará acontecendo enquanto seres humanos se relacionarem.
Resta aguardar o desenrolar do programa, e descobrir até onde esse jogo de símbolos e linguagens consegue chegar sem ficar enfadonho. Até agora, a Globo sai ganhando, ainda que perdendo na audiência. Com certeza já tem alguém reservando espaço em uma estante platinada para alguns Emmys...
Façam suas apostas
A Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood (HFPA) anuncia amanhã, às 5 horas da manhã (horário de Los Angeles) , os indicados ao Golden Globe 2009. A premiação que está em sua edição de número 66 (a primeira foi nos idos de 1944) , inaugura oficialmente a corrida pelo Oscar e dá fortes indícios dos possíveis indicados ao prêmio da academia. Os aficionados já estão fazendo suas apostas e já surgem os primeiros favoritos. Sempre é arriscado fazer apostas, mas mesmo assim arrisco alguns palpites (que Deus me ajude). Espero acertar.
- Heath Ledger parece ser aposta certa ao prêmio de ator coadjuvante por sua atuação no elogiado "O Cavaleiro das Trevas", o filme de Christopher Nolan não pára de receber prêmios e acaba de entrar na lista dos melhores do ano do tradicional jornal inglês "The Times" . Só mesmo uma zebra gigantesca tiraria a indicação do ator que já recebeu o prêmio da Associação de Críticos de Los Angeles.
- Outra aposta que parece certa é em Sean Penn na categoria Melhor Ator-Drama, pelo filme "Milk" , a película dirigida pelo premiadíssimo diretor Gus Van Sant conta a história do primeiro político declaradamente homossexual a se eleger para um cargo público nos Estados Unidos. O papel já deu a Penn o prêmio da Associação de Críticos deLos Angeles e a indicação para o "Independent Spirit Award" , importante prêmio do cinema independente.
- O mito Clint Eastwood é sempre uma boa aposta, este ano ele já foi indicado a Palma de Ouro por "Changeling" e ganhou o "National Board of Review" de melhor ator pelo filme "Gran Torino".
- Wall-E filme de Andrew Stanton é forte candidato não só a indicação, mas também ao prêmio de melhor animação do ano.
- A atriz espanhola Penelope Cruz pode repetir o feito de 2007 e receber uma indicação por seu papel em "Vicky Cristina Barcelona", filme de Woody Allen. "Man on Wire" de James Marsh tem grandes chances de ser indicado na categoria de Melhor Documentário e "Slumdog Millionaire" de Danny Boyle, "Frozen River" do diretor estreante Courtney Hunt e "Rachel Getting Married" do veterano e premiado Jonathan Demme também podem ser agraciados com a indicação, já que demonstraram enorme competência em outras premiações. Além desses é possível que até mesmo "Batman-O Cavaleiro das Trevas" possa ser indicado, o Golden Globe é uma premiação menos rígida que o Oscar e o filme está tendo uma boa carreira até agora.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Itàlia
Ontem dois marroquinos foram presos na Itália. De acordo com as autoridades italianas, ambos estariam preparando um ataque terrorista em Milão, e teriam conexões com a rede terrorista de Osama Bin Laden.
Imediatamente a Lega Nord, partido da base do governo Sílvio Berslusconi, através do deputado Roberto Cota, líder da Lega Nord na Câmara, protocolou um pedido de moratória na construção de mesquitas e centros espirituais islâmicos.A mensagem diz o seguinte :" Pedimos uma moratória por tempo indeterminado no que concerne a construção de novas mesquitas e supostos centros culturais até a aprovação pelo Parlamento de uma lei que regulamente a construção de edifícios de culto.Apresentaremos um moção parlamentar com tal objetivo."
Sinceramente eu não sei o que será da Itália. Não tenho estômago para ficar comentando esse tipo de noticia. Meses atrás, aqui perto de Veneza um grupo de muçulmanos, depois de meses procurando, conseguiu finalmente achar um prédio que poderia servir de Mesquita. O prédio tinha sido no passado um bordel, mas era a única opção, então eles decidiram comprar mesmo assim. Porém dias antes do fechamento do negocio o prefeito da cidade fez uma oferta maior e comprou o prédio. Ate hoje o antigo bordel està
desativado, a prefeitura não fez absolutamente nada com o antigo edifício.
Abaixo três vídeos de Cat Stevens/Yusuf Islam em homenagem a Roberto Cota.
Imediatamente a Lega Nord, partido da base do governo Sílvio Berslusconi, através do deputado Roberto Cota, líder da Lega Nord na Câmara, protocolou um pedido de moratória na construção de mesquitas e centros espirituais islâmicos.A mensagem diz o seguinte :" Pedimos uma moratória por tempo indeterminado no que concerne a construção de novas mesquitas e supostos centros culturais até a aprovação pelo Parlamento de uma lei que regulamente a construção de edifícios de culto.Apresentaremos um moção parlamentar com tal objetivo."
Sinceramente eu não sei o que será da Itália. Não tenho estômago para ficar comentando esse tipo de noticia. Meses atrás, aqui perto de Veneza um grupo de muçulmanos, depois de meses procurando, conseguiu finalmente achar um prédio que poderia servir de Mesquita. O prédio tinha sido no passado um bordel, mas era a única opção, então eles decidiram comprar mesmo assim. Porém dias antes do fechamento do negocio o prefeito da cidade fez uma oferta maior e comprou o prédio. Ate hoje o antigo bordel està
desativado, a prefeitura não fez absolutamente nada com o antigo edifício.
Abaixo três vídeos de Cat Stevens/Yusuf Islam em homenagem a Roberto Cota.
Holywood e a Política Americana
O que vai abaixo è um texto de André Bezamat. André è estudante de Relacoes Internacionais na Puc-Mg. Certamente ele serà um dos grandes analistas internacionais brasileiro. Tomara que o Brasil nao o estrague. O problema do Brasil è que o nível è tão ruim que acabamos acomodando.
Holywood e a Política Americana
Andrè Bezamat
Acompanhei essas última eleições americanas diariamente,desde as disputadas prévias do partido democrata ao discurso de fechamento,muito emocionante e bem elaborado por sinal,de Barack Obama(aliás,como todos os seus costumam ser). Devo admitir que todo o trajeto,tendo Obama como o principal protagonista, foi muito excitante! Começando quando o senador negro de ilinois,que ninguém colocava fé alguma,largou um pouco atrás da tão temida e já tida por muitos a futura presidente,Hillary Clinton. Aliás,independente de Obama,um negro,jovem,com passado um tanto quanto ''cheio de aventuras'',um sujeito globalizado,que tem hussein no nome,filho de keniano,que já morou na indonésia e supostamente nasceu no Havaí, ter entrado na corrida presidencial,só a participação de uma mulher, com o passado de Hillary,ex mulher de um presidente(que mesmo com todas as críticas que já recebeu durante sua longa presidência, era um homem que também possui um certo carisma,de uma fala invejável, um ar boa pinta e fama de garanhão) e que tomou um chifre aos olhos do mundo inteiro, depois se recuperou e se elegeu senadora por Nova York,já dava uma emoção interessante à iniciada corrida para presidência.
Obama e Hillary nos proporcionaram um confronto que foi realmente de tirar o fôlego. Ele como o azarão que ameaçava desbancar o clã dos Clinton, e ela aquela mulher do século 21 que nunca desiste,como nós brasileiros! Parecia a disputa para presidência,antes mesmo de começar a verdadeira,que prometia ser ainda mais sangrenta. Assistindo a tudo isso dá até vergonha de ver o modo como nossos partidos aqui escolhem seus candidatos. Imaginem Serra e Aécio em 2010 andando pelo Brasil afora e debatendo na record sobre quem seria melhor candidato do PSDB? Agora abram os olhos,isso é pura viagem mesmo!
Acabou a tão desesperada guerra, e sabíamos então quem seriam os candidatos: Obama e John Mcain! Esse último , um cidadão com história,que já ficou preso nas masmorras de Hanoi e sofreu o pão que o diabo amassou nas mãos dos comunista vietnamitas que não brincavam em serviço. Esse homem,um velho,que não possui destreza em certos movimentos corporais,de fala um tanto quanto presa,sem desenvoltura,mas que era um herói nacional e que levava anos de bagagem política nas costas,tinha pela frente a hercúlea missão de derrotar a mais nova sensação americana e mundial. A Paris Hilton do meio político.
Para ajuda-lo em tal missão,nosso bravo xerife do arizona recruta uma outra figura muito interessante: a governadora do Alasca(aquele estado de grande peso econômico que do quintal de qualquer casa se pode avistar a Russia,sabe?)Sara Pahlin.A caipira de valores super conservadores,que não tinha passaporte,uma mãezona e que estava pronta para bater de frente com quem quer que fosse.
Esses personangens todos estavam em um cenário um tanto quanto anormal também. Além de um conflito militar ocorrer ''do nada'' entre a Rússia e a Geórgia,o mundo se viu no meio de uma catástrofe ecônomica sem precedentes. Mas poderia um negro ser eleito o homem mais poderoso do mundo? Será que os americanos estavam preparados para isso?
Não faltou quem ajudasse nosso mocinho protagonista Obama a superar isso tudo e chegar lá. Primeiros aliados: a imprensa, liderados pelos generais new york times e washington post, que não deixaram que notícias que sujassem a imagem de bom moço de Obama fossem levadas a sério.Segundo aliado:o destino,que arrebentou o já destroçado governo repúblicano do presidente George W Bush com a tal crise financeira.
Não faltou aquelas pontas cômicas que arrancam risadas das platéias.Alguém quer personagem mais cômico que o saudoso pastor que falou que o 11 de setembro foi culpa dos próprios americanos? E do mafioso que financiou os estudos de Obama? E do terrorista que escreveu aquela maravilhosa obra SONHOS DO MEU PAI?
Enfim,relembrando toda essa trajetória da campanha presidencial dos Estados Unidos,me sinto como se tivesse visto um filme. Um filme muito bom,por sinal! Com personagens interessantes e engraçados,e o iluminado vencendo no final,depois de tantos percalços,contra uma megera malvada e prepotente e os falcões repúblicanos virulentos do establishment no final!
Para finalizar,como todo filme bom que se preze, pude ver o special one no fim,convidar sua dear friend,Hillary Rodham Clinton,para ser sua mais nova Condoleeza Rice! Final feliz para todos,ele o homem mais poderoso do mundo, ela,como sempre quis(e como nós,não desiste nunca)a mulher mais poderosa do mundo.
Holywood e a Política Americana
Andrè Bezamat
Acompanhei essas última eleições americanas diariamente,desde as disputadas prévias do partido democrata ao discurso de fechamento,muito emocionante e bem elaborado por sinal,de Barack Obama(aliás,como todos os seus costumam ser). Devo admitir que todo o trajeto,tendo Obama como o principal protagonista, foi muito excitante! Começando quando o senador negro de ilinois,que ninguém colocava fé alguma,largou um pouco atrás da tão temida e já tida por muitos a futura presidente,Hillary Clinton. Aliás,independente de Obama,um negro,jovem,com passado um tanto quanto ''cheio de aventuras'',um sujeito globalizado,que tem hussein no nome,filho de keniano,que já morou na indonésia e supostamente nasceu no Havaí, ter entrado na corrida presidencial,só a participação de uma mulher, com o passado de Hillary,ex mulher de um presidente(que mesmo com todas as críticas que já recebeu durante sua longa presidência, era um homem que também possui um certo carisma,de uma fala invejável, um ar boa pinta e fama de garanhão) e que tomou um chifre aos olhos do mundo inteiro, depois se recuperou e se elegeu senadora por Nova York,já dava uma emoção interessante à iniciada corrida para presidência.
Obama e Hillary nos proporcionaram um confronto que foi realmente de tirar o fôlego. Ele como o azarão que ameaçava desbancar o clã dos Clinton, e ela aquela mulher do século 21 que nunca desiste,como nós brasileiros! Parecia a disputa para presidência,antes mesmo de começar a verdadeira,que prometia ser ainda mais sangrenta. Assistindo a tudo isso dá até vergonha de ver o modo como nossos partidos aqui escolhem seus candidatos. Imaginem Serra e Aécio em 2010 andando pelo Brasil afora e debatendo na record sobre quem seria melhor candidato do PSDB? Agora abram os olhos,isso é pura viagem mesmo!
Acabou a tão desesperada guerra, e sabíamos então quem seriam os candidatos: Obama e John Mcain! Esse último , um cidadão com história,que já ficou preso nas masmorras de Hanoi e sofreu o pão que o diabo amassou nas mãos dos comunista vietnamitas que não brincavam em serviço. Esse homem,um velho,que não possui destreza em certos movimentos corporais,de fala um tanto quanto presa,sem desenvoltura,mas que era um herói nacional e que levava anos de bagagem política nas costas,tinha pela frente a hercúlea missão de derrotar a mais nova sensação americana e mundial. A Paris Hilton do meio político.
Para ajuda-lo em tal missão,nosso bravo xerife do arizona recruta uma outra figura muito interessante: a governadora do Alasca(aquele estado de grande peso econômico que do quintal de qualquer casa se pode avistar a Russia,sabe?)Sara Pahlin.A caipira de valores super conservadores,que não tinha passaporte,uma mãezona e que estava pronta para bater de frente com quem quer que fosse.
Esses personangens todos estavam em um cenário um tanto quanto anormal também. Além de um conflito militar ocorrer ''do nada'' entre a Rússia e a Geórgia,o mundo se viu no meio de uma catástrofe ecônomica sem precedentes. Mas poderia um negro ser eleito o homem mais poderoso do mundo? Será que os americanos estavam preparados para isso?
Não faltou quem ajudasse nosso mocinho protagonista Obama a superar isso tudo e chegar lá. Primeiros aliados: a imprensa, liderados pelos generais new york times e washington post, que não deixaram que notícias que sujassem a imagem de bom moço de Obama fossem levadas a sério.Segundo aliado:o destino,que arrebentou o já destroçado governo repúblicano do presidente George W Bush com a tal crise financeira.
Não faltou aquelas pontas cômicas que arrancam risadas das platéias.Alguém quer personagem mais cômico que o saudoso pastor que falou que o 11 de setembro foi culpa dos próprios americanos? E do mafioso que financiou os estudos de Obama? E do terrorista que escreveu aquela maravilhosa obra SONHOS DO MEU PAI?
Enfim,relembrando toda essa trajetória da campanha presidencial dos Estados Unidos,me sinto como se tivesse visto um filme. Um filme muito bom,por sinal! Com personagens interessantes e engraçados,e o iluminado vencendo no final,depois de tantos percalços,contra uma megera malvada e prepotente e os falcões repúblicanos virulentos do establishment no final!
Para finalizar,como todo filme bom que se preze, pude ver o special one no fim,convidar sua dear friend,Hillary Rodham Clinton,para ser sua mais nova Condoleeza Rice! Final feliz para todos,ele o homem mais poderoso do mundo, ela,como sempre quis(e como nós,não desiste nunca)a mulher mais poderosa do mundo.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Obama
Michael Lind
The meaning of Obama
What is the meaning of Obama? It is, of course, impossible to evaluate a presidency that has yet to occur, notwithstanding premature declarations that he will be a "transformational" president to compare with giants like Lincoln and the two Roosevelts. But it is not too early to analyse the meaning of his election.The fact that a mostly white democracy has elected a biracial chief executive is epochal in itself. Liberal democracy is now firmly rooted in much of the world, but many, if not most, liberal societies today would not choose to be led by someone who does not look like a member of the dominant tribe. Its history of slavery and apartheid notwithstanding, that can no longer be said of the United States of America.The nightmare of the racist right in the US has always been "race-mixing." It was particularly moving therefore to see a mixed-race president, who had begun his presideantial race in Abraham Lincoln's Springfield, Illinois, conclude it on election night with an address to a jubilant multiracial crowd in Chicago's Grant Park, named after the general who defeated the slave south in the civil war. There were many ghosts among that crowd.But Obama was not elected because the American people chose to set an example of colour-blind democracy for the world. He was elected because the 2008 presidential election was a referendum on George W Bush's two disastrous terms. And whether Obama's election marks a transformation or a restoration depends on how the regime of his predecessor is viewed. If Bush's presidency was an aberration, then Obama's election can be seen as a restoration. On the other hand, if Bush's presidency was typical of an earlier pattern, then Obama's election can be viewed as a novel departure.
A eleição de Barack Obama é o tema da principal matéria de dezembro da Prospect.
A matéria completa está aqui
http://www.prospect-magazine.co.uk/article_details.php?id=10503
The meaning of Obama
What is the meaning of Obama? It is, of course, impossible to evaluate a presidency that has yet to occur, notwithstanding premature declarations that he will be a "transformational" president to compare with giants like Lincoln and the two Roosevelts. But it is not too early to analyse the meaning of his election.The fact that a mostly white democracy has elected a biracial chief executive is epochal in itself. Liberal democracy is now firmly rooted in much of the world, but many, if not most, liberal societies today would not choose to be led by someone who does not look like a member of the dominant tribe. Its history of slavery and apartheid notwithstanding, that can no longer be said of the United States of America.The nightmare of the racist right in the US has always been "race-mixing." It was particularly moving therefore to see a mixed-race president, who had begun his presideantial race in Abraham Lincoln's Springfield, Illinois, conclude it on election night with an address to a jubilant multiracial crowd in Chicago's Grant Park, named after the general who defeated the slave south in the civil war. There were many ghosts among that crowd.But Obama was not elected because the American people chose to set an example of colour-blind democracy for the world. He was elected because the 2008 presidential election was a referendum on George W Bush's two disastrous terms. And whether Obama's election marks a transformation or a restoration depends on how the regime of his predecessor is viewed. If Bush's presidency was an aberration, then Obama's election can be seen as a restoration. On the other hand, if Bush's presidency was typical of an earlier pattern, then Obama's election can be viewed as a novel departure.
A eleição de Barack Obama é o tema da principal matéria de dezembro da Prospect.
A matéria completa está aqui
http://www.prospect-magazine.co.uk/article_details.php?id=10503
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Veneza
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