O que vai abaixo é um trecho do apêndice do livro "A Balada do Cárcere" de Bruno Tolentino. Como escreveu Bandeira,"Uns tomam éter, outros cocaína./Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria". Eu ao contrario tomo Tolentino.
" A vida é cruel. Manuel e Noel, Drummond e Caymmi, não deveriam nunca envelhecer. Mas o fato è que guardamos nossas jóias e nossas cartas de amor com o mesmo deslumbramento, mas em estojos separados; e quando os vamos abrir, no primeiro deles achamos exatamente o mesmo valor, o mesmo brilho, realçado pela patina do tempo; mas no outro encontramos a tinta esmaecida, o papel amarelado, em suma, a palidez desbotada daquilo que tanto amávamos,que um dia nos resumiu e que de repente se tornou quase irreconhecível, quase ilegível, doce apenas como a vaga lembrança da emoção de um tempo que se foi como um assovio na noite ..."
Bruno Tolentino
" A vida é cruel. Manuel e Noel, Drummond e Caymmi, não deveriam nunca envelhecer. Mas o fato è que guardamos nossas jóias e nossas cartas de amor com o mesmo deslumbramento, mas em estojos separados; e quando os vamos abrir, no primeiro deles achamos exatamente o mesmo valor, o mesmo brilho, realçado pela patina do tempo; mas no outro encontramos a tinta esmaecida, o papel amarelado, em suma, a palidez desbotada daquilo que tanto amávamos,que um dia nos resumiu e que de repente se tornou quase irreconhecível, quase ilegível, doce apenas como a vaga lembrança da emoção de um tempo que se foi como um assovio na noite ..."
Bruno Tolentino